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Presentações de livros

A histérica entre Freud e Lacan
Corpo e linguagem em psicanálise
Monique David-Ménard

 

A Editora Escuta apresenta "A histérica entre Freud e Lacan - corpo e linguagem em psicanálise", de Monique David-Ménard, tradução de Maria da Penha Cataldi, revisão técnica de Elisabeth Saporiti

Todos concordam com o pensamento de que a psicanálise tem a ver com o corpo porque ela trata da sexualidade. No entanto, esta evidência é de difícil sustentação: limitando o corpo erogenizado ao corpo biológico (como o faz a psicossomática) ou afirmando a dependência do pulsional em relação à constituição do sujeito falante, ligamos o erógeno a uma outra coisa diferente de si mesmo, a fim de lhe dar um pouco de realidade. Ora, a psicanálise não aborda tudo na cultura, mas sim um real determinado: o corpo do prazer, do desprazer e da angústia. Este campo, limitado mas preciso, poderia ser descrito por si mesmo e por sua relação com a linguagem? Ao nomear "conversão histérica" o que descobriu em seus pacientes, Freud defrontou-se com esta questão, decisiva para a análise do inconsciente, que foi, desde então, mais recoberta que resolvida. Este livro reabre...

Sumário

Introdução: As metáforas biológicas do prazer e a conversão histérica

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A noção de conversão histérica sempre foi considerada por Freud como indispensável e misteriosa, e está presente nas primeiras formulações que lhe permitiram, ao se desvincular de P. Janet, abandonar qualquer psicopatologia baseada na idéia de degenerescência. Ela faz parte de todas as provas e de todos os remanejamentos pelos quais Freud tentou esclarecer o inconsciente. Esta permanência não se dá sem alguns paradoxos, explicitamente formulados em Estudos sobre a histeria.

Com base nesses paradoxos, tomou-se um ponto de partida que diz respeito a toda a história da psicanálise. Esta questão, de Freud a Lacan, apresentará sempre dois aspectos - epistemológico e técnico - que, curiosamente, opõem-se entre si. O caráter de obscuridade do fenômeno se refere aparentemente a um ponto da história das ciências: como pode um pensamento passar para a inervação somática, continuando a ser um pensamento - uma vez que o sintoma histérico vem em lugar de uma fala?

Este problema é insolúvel no enquadre de uma epistemologia dualista. Mas Freud, de um outro ponto de vista, o da técnica analítica, aconselha a não se levar muito em consideração esta questão. O fato de que, em 1908, tenha se desinteressado pelo sintoma em sua especificidade, significa que na escuta de seus pacientes ele não levou em conta a diferença entre um sintoma histérico e um outro qualquer. Alguns analistas tentados pela psicossomática, como Franz ?Alexander e Felix Deutsch, teriam continuado a se interessar pelo corpo na histeria,. Outros, como Freud, Melanie Klein e Lacan, interessaram-se mais pela estrutura das fantasias histéricas, não mais cedendo à fascinação desse corpo que a histérica dá a ver e que o analista não mais vê, escuta.

Por meio de uma cuidadosa revisão dos desdobramentos da histeria pela história da psicanálise, Monique David-Ménard nos conduz, com a erudição que lhe é peculiar, tendo como guias o corpo e a linguagem, de Freud até Lacan, pelos meandros desta psicopatologia inaugural que volta a despertar nossa atenção

Editora Escuta

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