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Presentações de livros

Política e Psicanálise
O estrangeiro
Caterina Koltai

Sumário do Livro

Apresentação, por Carlos Augusto Nicéas

Capítulo 1

  • Um conceito limite

Capítulo 2

  • Uma questão de método

Capítulo 3

  • O político
  • Gregos
  • Judeus
  • Modernos
Capítulo 4
  • O psicanalítico
  • Freud
  • Lacan

Capítulo 5

  • O racismo - Um sintoma

Capítulo 6

  • O analista - Esse estrangeiro

À guisa de final

Bibliografia

Originalmente, o texto publicado neste livro consistiu numa tese de doutorado em psicologia clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, cujo título era "O estrangeiro um conceito limite entre psicanalítico e político". O conceito de estrangeiro foi aí usado enquanto conceito limite que, por se situar na fronteira do subjetivo singular com o social e político, possibilitou circular entre duas disciplinas, dois corpos teóricos; o da Psicanálise e o das Ciências Humanas.

Fronteira entendida como uma projeção topológica sobre o lugar de uma realidade social, que representa o ponto de ruptura de uma lei e tem a particularidade de já ser, na maioria das vezes, nomeada na língua do vizinho. Assim, a palavra grenze em alemão teria sido tomada de empréstimo aos vizinhos eslavos; a palavra frontière em francês viria do latim frons utilizado pelos romanos para indicar a fronteira espanhola, enquanto o border em inglês viria da bordure francesa. A fronteira sendo, pois, sempre nomeada na língua do outro.

A opção de circular por essa região fronteiriça entre o Psicanalítico e o Político implica uma escolha teórica: a de me demarcar de uma certa visão, talvez ingênua, da psicanálise, onde esta acaba reduzida ao estudo do desenvolvimento normal e patológico do indivíduo deixando às outras ciências humanas o estudo de tudo aquilo que diria respeito ao coletivo.

O analista não pode se permitir nada querer saber daquilo que se passa em torno dele uma vez que, quer queira ou não, acabará sendo interpelado pelos acontecimentos. Refletir sobre a violência, a guerra, a discriminação parece-me obrigatório, já que são sinais de um mal-estar na civilização cujos efeitos o analista acolhe em seu consultório sob a forma de sintoma, sintoma esse que se situa em uma zona de intersecção, portanto de fronteira entre o mais singular, o mais íntimo de um sujeito, e o discurso universal no qual ele se inscreve.

O sintoma aqui estudado é o do racismo. Sintoma social princeps de nossos dias que não deve ser entendido em oposição a um sintoma que seria individual, mas como maneira singular pela qual o sujeito enfrenta o discurso de seu tempo, sendo justamente aquilo que o impede de realizar o que seu tempo lhe prescreve.

Caterina Koltai é Psicanalista, Professora da Pós-graduação e da Graduação do Departamento de Ciências Sociais da PUC-SP e Coordenadora do Curso de Teoria Psicanalítica do Cogeae. E-mail: caty@osite.com.br

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